E tudo que consigo pensar é em ossos quebrados e canções de ninar.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
Aqui, toca uma canção desconhecida, ocasionando incômodos sinápticos, enquanto rabisco estas palavras num papel qualquer, só para não esquecer desse exato momento, em que toda essa tristeza resignada se abate sobre o meu peito. Há o desejo de te falar tantas coisas, mas também há a necessidade de supressão. E há um questionamento que se repete em meu coração: estou arrependida? Não, não estou. É assustador. O espanto vem e vai embora, deixando essa sensação de ser eternamente sozinha... eu sempre estive só (mesmo quando alguém me acompanhava) agora, sei: sou só. E, assim como Clarice, sofro dores e silêncios... extasiada, mortificada... por toda essa liberdade que não sei usar - grande responsabilidade da solidão. A canção desconhecida de outrora dá lugar a uma velha melodia, já bastante familiar, que me diz que estou perdendo esta luta (mas eu não quero ouvi-la).
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Esta é só uma nota, no meio do dia: hoje é sexta, i'm still a little high e posso ir às alturas quando chegar em casa... estou aqui, apenas curtindo as horas do dia, até que finalmente pegue a estrada, straight into your arms... e é justamente isto que está tirando o meu sossego. Agora, eu quero agora - a espera é quase insuportável! Talvez ajudasse, se você estivesse conversando comigo... esta é só uma nota, no meio do dia, para que eu me lembre do quanto você me afeta ("não achei que tu me afetasse ainda, mas parece que sim").
E as coisas já não vinham muito bem, é, não vinham... eu lutava silenciosamente (provavelmente até mais do que ele, já que ele vive em outro mundo), para manter a motivação de se querer estar. Ele despreza o que lhe é diferente, assim como Narciso acha feio aquilo que não é espelho... mas eu não sei ser o que não sou. As estrelas vão se apagando, nessa sala vazia. Então, sentimentos antigos (que pareciam já mortos e enterrados), vão mostrando (de novo) a sua força: arrombando as portas, derrubando as paredes, estremecendo o chão... hasteando bandeiras com seu nome em toda a superfície de mim. Esta força me toma, me ganha fácil! Eu cedo. Sinto como sendo parte de alguma coisa (alguma coisa que eu sempre estive tentando alcançar), alguma coisa que permanece, através dos tempos... você consegue entender? e você também sente?